7° texto: As pessoas te amarão ou odiarão pelos mesmos motivos
Desde crianças aprendemos valores, regras e observamos aos outros, o que eles fazem, como eles vencem ou fracassam em suas vidas. Além disso, nossos maiores espelhos na infância, nossos pais, em muitas situações em vez de nos explicar o motivo de não permitirem que fizéssemos tal coisa, nos respondiam que os outros não pensariam “bem” de nós, criando a crença de que para agradarmos, sermos amados e aceitos, precisamos andar na linha e fazer o que as pessoas esperam de nós.
Só tem um pequeno probleminha nesta crença que muitos de nós trazemos provavelmente até hoje, já adultos. Como é que se agrada a todos? Como é que se faz para acertar em absolutamente todas as nossas decisões? Não faz. Isso é humanamente impossível. Mas seu cérebro continua acreditando que dá, e te cobra, dia após dia, quando digamos, você não tem ibope desejado após as suas decisões.
Primeiro precisamos ter claro que embora existam leis, procedimentos, padrões comportamentais esperados etc o conceito de certo e de errado na vida das pessoas pode variar um tanto. Analisamos as situações baseados em como vivemos, em que acreditamos e no que aprendemos. Não podemos esquecer de considerar que somos únicos, não há mais ninguém que tenha tido exatamente os mesmos aprendizados e as mesmas oportunidades que você, portanto a definição de certo e errado varia. Talvez alguns até tenham tido tudo muito parecido mas optaram por trilhar caminhos diferentes que levaram à crenças diferentes. Partindo disso, quem está certo? Todo mundo e ninguém. Escolher viver nesta esfera só traz sofrimento, afinal, nada anda muito justo nesse mundo. Então, se todos somos diferentes, como poderíamos agradar a todos? Não podemos. Pense pelo lado contrário. Todas as pessoas do mundo te agradam sem exceção? Você admira todas as pessoas que já passaram pela sua vida? Acredito que não. Então por que é que todas as pessoas precisam te admirar?
Claro que não vivemos isolados em ilhas e precisamos de referência. Precisamos de padrões, opiniões, da aprovação de quem nos cerca. Vivemos em sociedade e a opinião do outro é importante e pode, por exemplo, nos voltar ao eixo se estivermos derrapando, mas não podemos deixar a opinião das pessoas nos torturar. Faça o que você acredita que é o certo, o que você tem vontade. Não se case com que não ama porque está ficando velho, não viva com quem não ama mais porque um dia jurou amor eterno, não passe a sua vida em um emprego que não te faz feliz porque tem medo de assumir o que realmente te motiva porque infelizmente errando ou acertando, o julgamento virá e já que sempre seremos julgados, que sejamos julgados então pelas coisas que estamos fazendo mas as que realmente queremos, desejamos, não porque esperam isso ou aquilo de nós.
Se lhe parecer interessante, comece devagar. Todas vez que você se chatear com alguma opinião sobre você, tente se distanciar um pouquinho e analise: essa opinião realmente faz sentido? Mesmo que faça, apesar disso você sente que você tem feito o que é melhor para você? Então prossiga. Muitas vezes será apenas a formas diferentes de se enxergar as coisas. Outras pequenas mudanças já poderão lhe trazer alívio, como dizer mais “não” às pessoas. As desaprovações virão, mas deixar de fazer algo que não lhe agrada trará uma sensação de equilíbrio entre o que se sente, o que se quer e o que se faz e essa sensação é compensadora. E lembre-se, não tem nada de errado se não gostarem de você, não é porque você tem algum problema, não é porque você tem defeitos horrorosos, simplesmente não acontecerá porque as pessoas não são obrigadas a gostar de você assim como você não gostará de todas elas. Portanto, sempre que tiver que tomar uma decisão em sua vida, faça o que sente que deve ser feito, porque no final das contas, as pessoas te amarão e te odiarão pelos mesmos motivos.
Até a próxima sexta! <3